Resposta educacional ao coronavírus: checklist elaborado por OCDE e Harvard

19 de maio de 2020

Por: SOMOS Educação

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Como assegurar a continuidade do processo de ensino-aprendizagem para os estudantes em tempo de isolamento social? Qual a melhor forma de apoiar os alunos que não possuem habilidades para o estudo independente? Como garantir a continuidade e a integridade da avaliação do aprendizado? De que forma é possível assegurar apoio aos pais para que eles possam auxiliar o aprendizado dos alunos em casa? Como assegurar o bem-estar dos estudantes e dos professores em momentos tão incertos? 

Você se identificou com alguma dessas questões desafiadoras? Saiba que essas angústias foram compartilhadas por educadores do mundo inteiro frente à pandemia do coronavírus. 

Neste artigo, vamos falar sobre a pesquisa global da OCDE e de Harvard que mapeou as principais dificuldades da Educação em tempos de Covid-19 e propôs um roteiro para prevenir a perda de aprendizagem durante o período de isolamento social. Confira! 

Roteiro para guiar a resposta educacional à Covid-19 

Uma pesquisa apresentada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Harvard Graduate School of Education identificou os maiores desafios educacionais desse momento de pandemia, baseando-se num levantamento de necessidades junto de 98 países. O objetivo do estudo é permitir que, a partir da troca de experiências, da cooperação e da comunicação global, as ações realizadas com sucesso em determinados países também possam auxiliar o planejamento e a implementação de estratégias em outros lugares do mundo durante as condições atuais. 

Entre as recomendações mais abrangentes, o “Roteiro para guiar a resposta educacional à Covid-19″ aconselha que líderes da educação (em níveis de governança ou de organizações educacionais públicas e privadas) adotem uma abordagem proativa e imediata: um comitê de crise educacional. 

Os passos seguintes dizem respeito a simplificar e repriorizar o currículo pedagógico planejado para o período, ajustando as atividades para a situação de aprendizagem remota. Segundo a pesquisa, atividades educacionais contínuas, de alguma forma, podem contribuir para o bem-estar dos estudantes durante a crise, mantendo um senso de normalidade e regularidade em uma situação de mobilidade social restrita.  

Como formas alternativas de meios de ensino, a maioria dos países indicou a migração das aulas para plataformas virtuais. Mas, outras ferramentas de ensino a distância de baixo custo também foram apresentadas, como programas de TV, transmissões de rádio ou tarefas em livros ou cadernos de atividades. 

Diante dessas adequações no processo de ensino-aprendizagem, as boas práticas globais são enfáticas quanto a necessidade de implementação e monitoramento de um canal de comunicação entre escola, professores, pais e responsáveis. Além disso, o relatório propõe que se assegure a assistência adequada aos estudantes de famílias mais vulneráveis durante a implementação do plano de educação alternativa, com garantia dos serviços de apoio social e de alimentação. 

 
Futuro  

O estudo da OCDE e Harvard também convidou os educadores globais a lançarem um olhar sobre o lado positivo para a educação neste momento de crise. Questionados sobre quais aprendizados ficariam para o futuro, uma porcentagem significativa dos respondentes da pesquisa destacaram dois fatores positivos trazidos pelas mudanças causadas pela pandemia: o primeiro, considera a introdução de tecnologias e outras soluções inovadoras no processo educacional; o segundo, um aumento na autonomia dos estudantes para gerenciar seu próprio aprendizado. 

E a sua escola? O que tem feito para amenizar o impacto da pandemia na rotina dos estudantes?  
Conte-nos aqui nos comentários quais experiências estão dando certo. Acreditamos que essa troca de esforços entre semelhantes contribua para a melhoria contínua de estratégias educacionais durante o período de distanciamento social.   

Para saber mais sobre o “Roteiro para guiar a resposta educacional à Covid-19” e conferir na integra as 25 ações e recomendações da OCDE e Harvard para assegurar menores perdas de aprendizagem, baixe o e-book produzido pela SOMOS com todo o detalhamento do estudo! 

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