13 de novembro de 2024
Por: SOMOS Educação
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No dia 16 de novembro, comemora-se internacionalmente o Dia da Tolerância. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), busca destacar a importância do bem-estar social em todo o mundo. Assim, o Dia Internacional da Tolerância está atrelado ao combate à intolerância, seja ela religiosa, etária, racial, econômica, cultural, sexual ou social.
Por envolver o debate e a desconstrução de preconceitos, o Dia Internacional da Tolerância representa uma ótima data para ser trabalhada dentro das instituições educativas. Além de permitir uma discussão do mundo fora dos muros da escola, o dia pode ser ideal para desenvolver a cooperação e o respeito entre os indivíduos integrantes da atividade escolar.
Neste artigo, veja a origem do Dia Internacional da Tolerância e confira o que pode ser feito nas instituições educativas para celebrar a data.
O Dia Internacional da Tolerância não foi decidido aleatoriamente. A data foi estabelecida em uma Assembleia Geral da ONU em 1996 para marcar os feitos do Ano das Nações Unidas para a Tolerância, ocorrido em 1995. Assim, todas as organizações são lembradas anualmente do benefício de práticas tolerantes, baseadas na convivência pacífica interpessoal.
A data também celebra e reconhece a Declaração de Paris, também assinada no mês de novembro. A Declaração de Paris é um reforço do compromisso dos Estados-membros da ONU a respeito dos objetivos de desenvolvimento sustentável (também conhecido por “objetivos globais”). Ou seja, o Dia da Tolerância está intimamente ligado ao favorecimento de ações que permitam o bem da humanidade.
A tolerância pode ser vista em diferentes modos, porém, resumida em três verbos:
Ser tolerante não envolve a apatia, mas sim a noção de que obstáculos não devem ser colocados em algumas situações. Ao consentir que as pessoas vivam da forma como vivem, há um equilíbrio entre as pessoas. Embora as pessoas ao nosso redor sejam diferentes, ser tolerante envolve respeitar e não exigir que o diferente mude por imposição.
O Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz respeito à liberdade de opinião e expressão. Embora possa parecer contraditório, muito da tolerância encontra-se nesse direito: para haver liberdade de opiniões, é necessário existir uma heterogeneidade de expressões, sejam culturais, sociais ou sexuais. Ainda, a liberdade de opinião permite o compartilhamento de ideias de forma pacífica e efetiva. A tolerância à multiplicidade enriquece a humanidade.
Ainda sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, importante documento para a história global dos diretos humanos, muito há sobre a educação. De acordo com o Artigo 26:
“A educação promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos.”
Sendo assim, para que os direitos humanos não sejam negados a nenhum aluno, as instituições de ensino devem buscar desenvolver a tolerância em meio escolar. O ideal é que essa atividade ocorra de modo transversal em todos os anos e em todas as disciplinas, porém o Dia Internacional da Tolerância pode ser uma ótima oportunidade de focar o trabalho desse direito.
Abaixo, confira duas atividades para serem realizadas na escola no Dia Internacional da Tolerância.
Há vários problemas sociais a serem resolvidos em todos os meios. Uma atividade que envolva uma pesquisa acerca dos entraves e das soluções possíveis pode ser uma excelente forma de trabalhar a argumentação dos estudantes. O professor, portanto, pode levantar um problema e solicitar que os alunos aprofundem a questão. No final da pesquisa, os estudantes devem apresentar propostas de intervenção.
Essa atividade, além de muito alinhada à produção de redações dissertativo-argumentativas — solicitada em vestibulares e no Enem —, pode ser muito eficaz no incentivo à tolerância. Ao final, os alunos podem elaborar cartazes e afixá-los na escola ou mesmo fora dela.
É muito comum que os alunos não tenham um profundo conhecimento sobre os direitos humanos. Separar um dia para a leitura e o debate sobre o tema pode ser fundamental para a conscientização. Essa atividade pode envolver todas as pessoas inseridas em ambiente escolar, promovendo uma integração geral da instituição. É ideal que os alunos tenham contato com a declaração desde novos, para que assimilem princípios como tolerância e respeito.
Caso a discussão seja realizada com a escola inteira, o coordenador pedagógico pode convidar alguns alunos para mediar a conversa e apresentar os artigos. Assim, a participação dos alunos pode ocorrer de modo mais natural e fundamentado.
Dentre as Competências Gerais da Educação Básica propostas pela BNCC, nota-se a tolerância como um importante princípio da sétima competência:
“Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.”
Por fazer parte de um planejamento social, buscando o desenvolvimento de cidadãos íntegros e aptos ao convívio social, a BNCC relaciona a tolerância à construção de argumentos. Para que a sociedade seja respeitosa, é preciso que os cidadãos dialoguem conscientemente. A promoção da tolerância na formação de indivíduos, portanto, deve privilegiar os direitos humanos, bem como outras referências de foco humanitário e ambiental.
O Dia da Tolerância, comemorado em todo mundo no dia 16 de novembro, pode ser uma ótima forma de elucidar o combate ao bullying no ambiente escolar. A tolerância deve ser desenvolvida nas instituições, uma vez que, por meio dela, são evitadas situações de conflito, permitindo que as pessoas se expressem livremente.
Na data, a escola pode realizar algumas atividades que, além de promoverem a integração entre os alunos e os profissionais, possibilitem o debate e a conscientização acerca do respeito e da tolerância com o diferente.
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