10 de julho de 2023
Por: SOMOS Educação
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O foco da educação maker – termo em inglês que significa fazer – é transformar os espaços de aprendizagem. Isso faz com que a escola se torne um lugar para a experimentação, aprendizagem criativa e prática do conhecimento.
Cada vez mais incorporado ao mercado de trabalho e à sociedade em geral, o chamado movimento maker, ou método de experimentação “mão na massa”, aparece na educação como uma prática que favorece os processos de investigação e construção de saberes.
Quer entender mais sobre o movimento e do uso deste recurso no cenário educacional? Neste artigo, contamos o que é e como aplicar a educação maker na sua instituição de ensino. Confira!
Existem diferentes modos de aprendizado: por imitação, por memorização, por tentativa e erro e, uma das fortes tendências no cenário educacional, por experimentação. Essa investigação prática, conhecida como método “mão na massa”, é a essência do movimento maker, uma das vertentes educacionais que incentivam o protagonismo do aluno no ambiente escolar.
Aprender fazendo é o princípio da educação baseada nesse conceito, que busca criar diferentes espaços de aprendizagem que proporcionem experiências ativas. Diferente das metodologias tradicionais – geralmente pautadas na reprodução de processos e tutoriais fechados de aprendizados-, a educação maker está cada vez mais presentes em sala de aula, tendo a experimentação como estratégia de desenvolvimento e apropriação de novos conceitos.
Aliado às inclinações naturais das crianças, sempre curiosas e investigativas, as práticas maker potencializam essas características através do aprender fazendo. Trata-se da aprendizagem criativa, com a formulação e investigação de hipóteses, que tem potencial para enriquecer a formação dos estudantes e vem ganhando cada vez mais espaço nas práticas pedagógicas.
Para acompanhar as demandas dos estudantes das novas gerações, novos conceitos e metodologias surgem para associar o ensino à inovação. Nesse contexto, a educação maker emerge com o grande potencial de engajar os estudantes em atividades de aprendizagem muito diferentes da educação tradicional.
Todos os segmentos da Educação Básica e todas as áreas de conhecimento podem se apropriar das ações experimentalistas do movimento maker para potencializar a aprendizagem dos estudantes. Lembrando, aqui, da importância da intencionalidade pedagógica em todas as práticas realizadas. Ou seja, a implementação de práticas maker no projeto pedagógico não pode fugir das exigências curriculares, devendo ser uma combinação entre teoria e prática.
Embora o movimento venha crescendo na educação nos últimos anos, sua concepção não é tão recente assim. A seguir, veremos um breve panorama das teorias educacionais que já privilegiavam o aprender fazendo.
Os conceitos e princípios do movimento maker estão profundamente relacionados com tradicionais teorias educacionais. Cada uma com suas especificidades, as linhas de pensamentos de Piaget, Seymour Papert e Paulo Freire pregavam, de modo geral, o aprender fazendo.
Piaget, o criador da teoria Construtivista, considera a experiência como um dos estágios para se adquirir e construir conhecimentos. Em essência, a busca do construtivismo é alcançar meios de aprendizagem fortes que valorizem a construção mental do sujeito, instigando seu pensamento criativo apoiado em suas próprias construções de mundo.
Na visão de Papert, estudioso seguidor dos princípios construtivistas, é preciso lidar com desafios e enfrentar problemas inesperados para o qual não há uma explicação preestabelecida. Para o matemático, a habilidade de aprender precisa ser adquirida para se participar da construção do novo, quebrando preceitos e sequências de dependência.
As ideias de Paulo Freire consideram que as experiências de aprendizagem devem despertar a curiosidade do aluno. Para o educador, o pensar parte da realidade, de problemas postos, e, a partir dessa perspectiva, a construção de conhecimentos possa a ser realmente transformadora.
O que essas teorias têm em comum é o olhar para a aprendizagem prática, para a construção e não apenas a transmissão do conhecimento, tão comum no modelo de escola dogmática. O aprendizado ocorre mais efetivamente quando crianças e jovens identificam problemas e buscam soluções de forma colaborativa. Essa é a proposta da educação maker, um aprendizado pautado na pesquisa, no levantamento de hipóteses, testes, e no compartilhamento de descobertas e informações.
A educação maker vai de encontro às principais competências que todos os estudantes devem desenvolver durante a Educação Básica, de acordo com as premissas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A mobilização de conhecimentos, habilidades e competências determinadas pela BNCC corroboram com as práticas ativadas de aprendizagem.
As ações relacionadas no conjunto das dez Competências Gerais da BNCC – como entender e explicar, formular e resolver, compreender, utilizar e criar tecnologias – têm total afinidade com a metodologia “mão na massa”. Com a educação maker, os estudantes desenvolvem autonomia, criatividade e pensamento crítico em um processo que também envolve a relação da teoria à prática.
Nesse contexto, a educação maker aparece como uma prática que favorece a formação dos estudantes no que tange a construção do conhecimento, o desenvolvimento de habilidades e a formação de atitudes e valores. Trata-se de uma estratégia didático-pedagógica baseada em projetos, que considera a resolução de problemas que dão significado ao aprendizado, estimulando a pesquisa, as práticas argumentativas, o trabalho em equipe e a socialização, entre outras habilidades. São práticas que possibilitam aos estudantes o desenvolvimento das competências e pilares da educação do século XXI.
As práticas pedagógicas do maker diferem-se daquelas utilizadas em aulas expositivas baseadas em um modelo instrucionista. Nessa metodologia, as atividades protagonizam os alunos, que contam com as oportunidades e recursos necessários para desenvolverem e testarem novas ideias.
O movimento maker, ou “faça você mesmo”, descontrói os padrões de atividades estanques e permite que os alunos desenvolvam seu conhecimento teórico através da prática. Com as atividades maker, os alunos aprendem a partir da construção de seus projetos, tornando o aprendizado um processo prazeroso. São práticas que atraem os alunos, deixando-os mais interessados no ensino, estimulando o aprender, exercitando a concentração, a atenção, a memória e o pensamento.
Instituições que incorporam a cultura maker dentro de sala de aula colocam o processo de aprendizagem em destaque, e não o produto. O desenvolvimento de atitudes críticas e autônomas dos estudantes reconfigura o processo de ensino-aprendizagem elucidando os seguintes aspectos pedagógicos:
Quando inseridos na cultura de construir projetos com as próprias mãos, os estudantes são capazes de analisar, sintetizar, comparar, compreender e, a partir de conclusões, interferir em situações diversas. Essas práticas contribuem para a formação de cidadãos críticos e, por isso, tem ganhado notoriedade em espaços escolares.
A inserção da educação maker nas escolas pode acontecer aliada à tecnologia, com a criação de espaços dedicados às experimentações e atividades prática. Mas, também é possível aplicar a cultura maker numa rotina de aprendizado com estruturas menores, considerando o que a criatividade e o orçamento permitirem.
Essas práticas, por exemplo, podem ser estimuladas com a construção uma horta partilhada, ou a produção de protótipos de madeira e papelão para um brinquedo, para uma explicação prática de alguma teoria, ou, quem sabe, uma solução de impacto social. Lembrando que a essência das práticas maker está em desafiar os estudantes a imaginar, pesquisar, criar, testar, apresentar e melhorar suas criações, com autonomia criatividade e protagonismo.
Também é possível considerar na matriz curricular da escola disciplinas inovadoras alinhadas à prática do “mãos na massa”. Essa é a proposta da Mind Makers, uma editora educacional que desenvolve conteúdos inovadores como o Pensamento Computacional e o Empreendedorismo Criativo. A partir de uma metodologia ativa e de aulas super dinâmicas, as atividades da Mind Makers são baseadas em projetos que usam técnicas de gamificação para engajar os alunos.
A disciplina do Pensamento Computacional apresenta fundamentos da Ciência da Computação para desenvolver habilidades relacionadas à resolução de problemas. O conteúdo programático evolui conforme uma trilha de aprendizagem que vai da Educação Infantil aos Anos Finais do Ensino Fundamental. O processo é dividido em etapas que consideram eletrônica digital, robótica, programação e inteligência artificial. Os métodos e produtos estão baseados em recursos didáticos do movimento maker para solucionar problemas interdisciplinares.
Já na disciplina prática de Empreendedorismo Criativo, os alunos desenvolvem projetos reais multidisciplinares, ampliando e descobrindo suas habilidades e potências. Nela, os jovens do 9º ano do Ensino Fundamental ao 3ª ano do Ensino Médio são estimulados a desenvolverem habilidades empreendedoras e gerar soluções criativas para os desafios do futuro. Tudo isso em um ambiente colaborativo e dinâmico.
Vale destacar que a Mind Makers oferece todo o suporte para a implantação dos conteúdos, com treinamentos, apoio na preparação da sala de aula, transferência de metodologia, planos de aulas completos, atualização constante de conteúdo e suporte contínuo.
A implementação da cultura maker no Projeto Pedagógico pode ser considerada como um diferencial quando comparado com as outras escolas. As práticas inovadoras que potencializam o processo de ensino-aprendizagem são apontadas por pais e responsáveis como determinantes para a matrícula ou rematrícula dos estudantes.
As metodologias ativas revelam a nova dinâmica do contexto educacional. O modelo, que já é adotado por vários países do mundo, coloca o aluno como protagonista do processo de ensino-aprendizagem, assimilando os conteúdos de forma ativa e alcançando muito mais resultados!
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