19 de janeiro de 2021
Por: SOMOS Educação
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A tecnologia já é presença comum no cotidiano das crianças. O uso de computadores e dispositivos móveis começa cada vez mais cedo, seja para brincar, entreter ou comunicar. Os alunos da atualidade fazem parte de uma geração conectada com o mundo digital. Nesse contexto, a inserção de ferramentas tecnológicas no ambiente escolar potencializa o processo de ensino-aprendizagem, assegurando práticas pedagógicas mais interativas, dinâmicas e próximas da realidade dos alunos.
Na Educação Infantil isso não é diferente. O uso da tecnologia como aliada do processo educacional estimula o desenvolvimento de competências importantes para o crescimento dos pequenos. Neste artigo, confira como o uso da tecnologia pode beneficiar o processo de ensino-aprendizagem e veja 5 dicas para usar esses recursos na Educação Infantil. Confira!
A nova geração de estudantes está imersa em um contexto social no qual os recursos tecnológicos fazem parte das atividades cotidianas de uma maneira muito natural. Observando essa realidade, é fato que as escolas também precisam considerar a integração da tecnologia na dinâmica escolar.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incentiva a modernização dos processos educacionais e das práticas pedagógicas com o objetivo de formar as habilidades e competências necessárias para o século XXI. Duas das dez Competências Gerais determinadas pela BNCC – que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo de todos os anos da Educação Básica – estão relacionadas ao uso da tecnologia.
Competência 5: “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.
Competência 4: “Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.” (BNCC, 2018)
Os objetos digitais também encontram espaço na Educação Infantil. Se considerarmos que mesmo antes de ler e escrever os pequenos estão conectados ao mundo digital, a tecnologia ganha espaço e relevância na primeira etapa da Educação Básica.
Entendendo que a proposta da Base Nacional Comum Curricular é sensibilizar sobre o uso das tecnologias e o seu papel na educação, para essa fase escolar, a BNCC propõe que os recursos digitais sejam inseridos nos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
“Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.” (BNCC, 2018)
Assim, além de incentivar a construção de significados sobre si, os outros e o mundo social e natural, é preciso considerar os conhecimentos de diferentes linguagens e modalidades. Isso quer dizer que as práticas pedagógicas devem também estimular os usos da tecnologia e recursos digitais para a construção de aprendizados significativos.
A tecnologia vem ganhando espaço nas práticas educacionais como aliada para o desenvolvimento integral dos estudantes. Na Educação Infantil, o uso de ferramentas tecnológicas, a partir de intencionalidades educativas, permite vivências interativas que facilitam a internalização do conhecimento. Além disso, há o estímulo quanto ao desenvolvimento da autonomia, colocando a criança de maneira ativa no processo de ensino-aprendizagem.
Criar ambientes inovadores e repletos de possibilidades desperta a curiosidade das crianças, propiciando novos aprendizados e descobertas. As aulas ficam mais dinâmicas, atraentes e motivadoras com a possibilidade de exploração de recursos visuais e lúdicos.
Importante também considerar que, como educação e contexto estão intrinsecamente relacionados, utilizar práticas cotidianas da criança relacionadas às ferramentas digitais configuram situações de aprendizagens significativas. Dessa maneira, as crianças perceberão que os equipamentos tecnológicos também estão integrados às suas atividades escolares.
São várias as possibilidades de uso da tecnologia na Educação Infantil. Para auxiliar a aplicação desses recursos em sala de aula, relacionamos a seguir algumas alternativas de como inseri-los no aprendizado das crianças.
As práticas pedagógicas da Educação Infantil devem estar centradas em interações e brincadeiras. Adequados a esse princípio, o uso de jogos estimula de maneira lúdica e criativa determinados aprendizados específicos. Algumas práticas ativam a coordenação motora e o raciocínio lógico.
Mas, além dos potenciais cognitivos, fazer uso da gamificação também estimula o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais. Interação, colaboração, empatia, pensamento crítico, resiliência e curiosidade são algumas das competências socioemocionais que extrapolam a apropriação de informações e asseguram uma formação integral e ativa dos alunos.
Os livros clássicos da literatura infantil ou as divertidas histórias em quadrinhos podem ser acessados virtualmente. Essa vivência de leitura digital, além de oferecer uma experiência interativa e interessante, estimula o hábito e o gosto pela leitura, uma vez que a criança percebe a tecnologia como uma aliada nesse processo.
O educador pode fazer a leitura coletiva com a turma por meio do recurso digital e, em seguida, estimular que as crianças busquem novos títulos e interajam com o dispositivo. Essa prática se entrelaça aos direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil estabelecidos pela BNCC. Tais experiências, situações e vivências concretas asseguram o direito de exploração em suas diversas modalidades.
A apresentação de vídeos para que os estudantes entendam melhor os conteúdos já é uma prática comum nas escolas brasileiras. A linguagem audiovisual é bastante atraente para as crianças, e vídeos de curta duração, por exemplo, podem divertir e orientar as iniciativas pedagógicas.
Mas a produção de vídeos com recursos tecnológicos acessíveis, como o aparelho celular, por exemplo, também pode ser uma atividade que estimula o processo de ensino-aprendizagem de forma ativa e criativa. Por exemplo: a produção de um curta-metragem assegura às crianças o trabalho colaborativo e o uso de várias linguagens. O roteiro do curta pode ser criado em conjunto pelas crianças, e os cenários e personagens podem ganhar formas pela atuação dos alunos frente às câmeras ou com uso de materiais como massinhas de modelar.
A tecnologia também permite que as crianças explorem sonoridades, com a estimulação auditiva e a descoberta e reconhecimento de sons e ritmos. Por meio de equipamentos para gravação e reprodução de sons – que pode ser o próprio celular –, os alunos podem gravar e depois reconhecer os sons da natureza e do próprio corpo, por exemplo.
Outra possibilidade do uso dessa tecnologia em sala é permitir que a criança tenha contato com culturas de diferentes partes do mundo a partir da musicalidade e dos ritmos de cada região.
O mural da sala de aula pode ganhar um formato digital. Contudo, não basta tirar uma foto e publicar em um ambiente virtual. A proposta é que, orientadas pelo professor, esse espaço seja trabalhado pelas próprias crianças, que registrarão as ideias discutidas em sala, as atividades realizadas e as descobertas da turma.
O mural virtual pode ser criado com ferramentas gratuitas de blogs, por exemplo, ou até comunidades fechadas em redes sociais. O espaço colaborativo pode explorar práticas variadas de linguagens (como texto, foto, áudio e vídeo) dentro da intencionalidade educativa. Além disso, o mural pode ser acessível aos pais e responsáveis, permitindo interações e participações; ou ainda contar com conteúdos complementares para serem explorados junto com as famílias fora do ambiente escolar.
O modelo tradicional de ensino ao qual estávamos acostumados está passando por grandes transformações. Uma nova forma de ensinar tem ganhado destaque: mais conectada e tecnológica. É preciso que as instituições de ensino considerem a utilização da tecnologia como parte essencial para a construção de uma educação de qualidade. Os recursos tecnológicos devem ser vistos sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, favorecendo e dinamizando os processos educacionais.
Para essa transformação digital, soluções de aprendizagem de alta qualidade e eficazes devem estar alinhadas à proposta pedagógica da instituição em todas as etapas da Educação Básica, inclusive na Educação Infantil. A implementação das tecnologias educacionais precisa levar em conta a estrutura e objetivos da escola, já que elas são um apoio para o professor no processo de ensino-aprendizagem e precisam estar em sintonia com as práticas utilizadas. A Plataforma Educacional Plurall, por exemplo, oferece recursos de apoio às práticas em sala de aula. Dentro dela, os alunos podem ter acesso ao material didático digitalmente, de maneira rápida e prática.
Além disso, a tecnologia dispõe de possibilidades para as práticas experimentais de aprendizado, potencializando a formação das crianças quanto às competências socioemocionais e estimulando as habilidades necessárias para os novos tempos. A Mind Makers, por exemplo, traz o conceito de Pensamento Computacional como disciplina que pode ser inserida na matriz curricular da escola.
A partir de uma metodologia ativa e de aulas super dinâmicas, crianças e jovens colocam a mão na massa para desenvolver habilidades relacionadas à resolução de problemas. O conteúdo programático evolui conforme uma trilha de aprendizagem que vai da Educação Infantil aos Anos Finais do Ensino Fundamental.
Alinhado a esse modelo de metodologia prática de mãos na massa, o Matific traz a Matemática para uma plataforma repleta de atividades lúdicas e interativas, estimulando a autodescoberta e permitindo que os alunos se envolvam em situações concretas de aprendizado. A plataforma de matemática online estimula o pensamento estratégico e a capacidade crescente e sofisticada de pensamento lógico.
Devido à suspensão das aulas presenciais decorrente da pandemia da Covid-19, uma preocupação tomou conta dos educadores da Educação Infantil: como minimizar os impactos no processo de ensino-aprendizagem de crianças tão pequenas? Nesse cenário inédito e desafiador, o uso da tecnologia foi um grande aliado. Adaptadas para atender também as crianças, as práticas de ensino a distância permitiram que aulas e atividades permanecem em tempos de isolamento social.
Para conversar sobre os desafios da Educação Infantil em período de pandemia, o Líder em Mim (LEM), a Mind Makers e o English Stars – marcas que integram o portfólio de soluções complementares da SOMOS Educação – promoveram um webinário. No bate-papo, Samantha Ladeira, psicopedagoga, pós-graduada em Gestão Escolar e especialista em Educação Infantil sugeriu práticas de atuação para esse segmento de ensino.
Entre as possibilitardes apoiadas pelos recursos tecnológicos estão a gravação de aulas, dicas de atividades remotas com as crianças pequenas e plano de aula on-line. Há também uma discussão sobre o retorno às atividades presenciais e outros pontos desafiadores que surgiram ao longo desse período. Clique abaixo e assista ao webinário:
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