29 de julho de 2024
Por: SOMOS Educação
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A educação bilíngue no Brasil tem ganhado cada vez mais destaque nos sistemas educacionais, especialmente por causa das transformações sociais e tecnológicas dos últimos anos. No entanto, com a crescente popularidade desse modelo de educação, surgem também uma série de dúvidas. Educadores e pais muitas vezes se deparam com informações contraditórias sobre os benefícios e os desafios da educação bilíngue.
Neste artigo, vamos desvendar alguns desses mitos e apresentar verdades fundamentadas sobre essa vertente de ensino, ajudando famílias a tomarem decisões para o futuro educacional de suas crianças e adolescentes. Confira!
O aprendizado da língua inglesa não é mais considerado um diferencial. O que antes era desejado apenas para viagens, hobbies e alguns trabalhos, passou a ser a chave para a influência, oportunidades e a interação entre as pessoas. Veja a seguir 5 mitos e 5 verdades relacionadas ao ensino bilíngue:
Quanto mais cedo a criança tem contato com um segundo idioma, mais fácil ela conquistará a fluência na escrita e na fala, se aproximando do sotaque nativo. Entretanto, educação bilíngue não tem uma restrição de idade, uma vez que é possível aprender uma nova língua mesmo depois de adulto.
Nosso cérebro é capaz de distinguir dois sistemas linguísticos diferentes permitindo que aprendamos mais de um idioma ao mesmo tempo. Sendo assim, no mesmo período de tempo em que uma criança monolíngue leva para adquirir um idioma, uma bilíngue se torna capaz de usar dois idiomas com naturalidade e propriedade.
Dessa forma, estudar dois idiomas simultaneamente não atrapalha o aprendizado, já que o aluno realiza a construção do conhecimento e desenvolve habilidades utilizando todo seu repertório linguístico.
Para se tornar bilíngue, as crianças não precisam obrigatoriamente ter pais que dominem o idioma. Apesar do contato com a segunda língua em casa contribuir para a fluência da criança, existem outras maneiras da família estimular o aprendizado, por meio de aplicativos, músicas, vídeos, livros e jogos especializados, por exemplo.
Estudos demonstraram consistentemente que a educação bilíngue pode, na verdade, melhorar o desenvolvimento acadêmico. Crianças bilíngues muitas vezes mostram maior flexibilidade cognitiva, habilidades de resolução de problemas e criatividade, o que pode contribuir para um melhor desempenho geral em sala de aula.
A exposição precoce a dois idiomas não causa confusão, desde que seja feita de maneira estruturada e consistente. É natural que crianças bilíngues possam misturar os idiomas ocasionalmente, mas isso não é indicativo de confusão. A aquisição da linguagem pode ocorrer de maneiras variadas em crianças bilíngues, mas a maioria atinge marcos de desenvolvimento da fala dentro de limites normais.
O ensino bilíngue proporciona mais do que o aprendizado da própria língua, de modo que os alunos são imersos também nos aspectos culturais que envolvem o processo. Nesse sentido, vale destacar que o aprendizado de uma outra cultura não exclui a da brasileira, sendo apenas uma forma de agregar diferentes conhecimentos e saberes.
Alguns estudos têm comprovado que a educação bilíngue favorece o desenvolvimento das habilidades motoras, emocionais e cognitivas, na medida em que a flexibilidade do cérebro é aumentada. Além disso, o bilinguismo é capaz de melhorar a concentração, memória, raciocínio e flexibilidade de pensamento.
A relação da educação bilíngue com o desenvolvimento social está ligada ao fato de que, por meio da imersão cultural, os alunos podem aprender diferentes visões, valores e costumes sociais. Com isso, geralmente eles se tornam mais comunicativos, criativos e flexíveis, otimizando seu desenvolvimento e habilidades sociais.
Nas fases iniciais da vida, o aparelho fonador está em formação e com isso é capaz de reproduzir qualquer som. As crianças têm uma maior facilidade para distinguir e reproduzir fonemas, o que possibilita uma excelência na pronúncia e consequentemente a ausência do sotaque.
Quando o aprendizado é realizado de forma natural e apropriada, o conhecimento da segunda língua pode até ficar adormecido quando não estimulado frequentemente, mas não é esquecido.
Na busca por proporcionar a melhor educação possível para as crianças, é crucial separar os mitos da realidade quando se trata de educação bilíngue. O mito de que as crianças aprendem idiomas facilmente, independentemente do método, é apenas um dos muitos equívocos que podem levar a decisões educacionais inadequadas.
Educadores e pais devem basear suas escolhas em informações sólidas e pesquisas atualizadas para garantir que estão dando às crianças a oportunidade de alcançar todo o potencial que a educação bilíngue pode oferecer. Ao desvendar esses mitos e compreender as verdades subjacentes, todos podem contribuir para o crescimento e sucesso linguístico e educacional de nossas futuras gerações.
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