Inteligência Artificial na educação: como a tecnologia pode transformar a sala de aula

30 de junho de 2025

Por: SOMOS Educação

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Com os avanços cada vez mais acelerados da Inteligência Artificial (IA), a escola também começa a se transformar. A previsão é que a presença da IA no ambiente educacional se intensifique – tanto nas práticas pedagógicas quanto nas avaliações de aprendizagem. É o que aponta Daniel Freitas, assessor pedagógico da Mind Makers, que acompanha de perto o impacto dessa tecnologia no dia a dia escolar.

Um dos sinais dessa mudança é o próprio Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), que, a partir do próximo ano, vai utilizar recursos de IA não apenas para avaliar conhecimentos dos alunos, mas também para analisar sua linha de raciocínio, níveis de motivação e até aspectos de regulação emocional.

Apesar do cenário promissor, ainda há um caminho a ser percorrido. Um estudo do Instituto Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior), divulgado recentemente, mostra que 74% dos educadores são favoráveis ao uso de IA na educação, mas apenas 39,2% afirmam utilizar a tecnologia em sala de aula. Entre os professores com mais de 10 anos de carreira, muitos reconhecem os impactos positivos da IA – como o acesso facilitado à informação, a agilidade em tarefas e o estímulo a uma aprendizagem mais dinâmica. Por outro lado, também apontam desafios, como alunos mais dispersos, limitações na infraestrutura das escolas e falta de capacitação docente.

Para Daniel Freitas, o potencial da IA está justamente em apoiar o professor nas tarefas operacionais, liberando tempo para o que realmente importa: a interação humana e o olhar atento às turmas. “A Inteligência Artificial é um recurso que está disponível para ajudar o professor a tornar sua rotina mais eficiente e otimizada”, afirma. “Sem essa ferramenta, teríamos que continuar a elaborar dezenas de pareceres para cada fechamento de bimestre das turmas, por exemplo. Porém, sabendo fazer uso de uma IA que permita gerar esses relatórios, o tempo de elaboração certamente pode ser reduzido em até seis vezes”, explica.

Segundo Freitas, o uso da IA na educação é inevitável – e deve ser encarado como uma aliada. “Nenhum professor jamais será substituído pela Inteligência Artificial, mas há o risco de que o educador que não se atualiza seja substituído por outro professor que o faça”, alerta. Para ele, mesmo com todas as possibilidades que a IA oferece, o papel do educador continua sendo insubstituível. “Por mais que as IAs generativas apresentem uma série de conteúdos e otimizem o dia a dia, ainda assim é o professor que dá a aula, que olha no olho do aluno, que percebe o estado de ânimo de cada turma, ou seja, que capta nuances empíricas do ser humano. E são nesses pontos que ele deve focar, enquanto a IA o ajuda em tarefas mais operacionais.

O especialista também destaca dois caminhos principais para a adoção da IA nas escolas. O primeiro envolve o uso da tecnologia como ferramenta prática, disponível a todos os educadores. O segundo diz respeito ao ensino dos fundamentos da IA, uma abordagem que ganha força a partir da implementação do Complemento à BNCC – Normas Sobre o Ensino de Computação na Educação Básica, em vigor desde outubro de 2023. Nesse cenário, professores da área de Computação ganham um papel estratégico na formação dos alunos.

Além disso, a expectativa é que, em 2025, os sistemas de ensino passem a incorporar, de forma cada vez mais estruturada, ferramentas de IA em suas soluções educacionais – especialmente voltadas para o uso dos professores.

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