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8 de setembro de 2025
Por: SOMOS Educação
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Desde 1967, a alfabetização ganhou uma data especial no calendário: o Dia Mundial da Alfabetização! A celebração, que acontece no dia 8 de setembro, tem o propósito de reforçar a alfabetização como sinônimo de cidadania e como principal objetivo incentivar a plena construção e apropriação das habilidades de leitura e de escrita de toda a população do planeta. Além disso, busca despertar a atenção dos diferentes países para a necessidade de erradicar o analfabetismo.
Este artigo traz a história da data, informações sobre a alfabetização no Brasil e dicas para celebrar o Dia Mundial da Alfabetização em sua escola. Confira!
A criação do Dia Mundial (ou Internacional) da Alfabetização foi resultado de uma ação conjunta promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Instituída em 1967, o pensamento inicial que permeou a criação dessa data ainda permanece urgente e necessário nos tempos atuais.
Embora a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) garanta a todo ser humano o direito à educação, os dados globais ainda apontam grandes desafios. De acordo com estimativas mais recentes da UNESCO, cerca de 754 milhões de adultos no mundo ainda não sabem ler nem escrever frases simples — e quase 2/3 são mulheres. Além disso, milhões de crianças e adolescentes não estão adquirindo habilidades mínimas em leitura, escrita e matemática, comprometendo seu desenvolvimento integral.
Entendendo sua relevância para o exercício pleno da cidadania, o Dia Mundial da Alfabetização desperta a atenção dos diferentes países sobre a importância de alfabetizar. Segundo a diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay, “a alfabetização é o primeiro passo para a liberdade, para a libertação das restrições sociais e econômicas. É o pré-requisito para o desenvolvimento individual e coletivo”.
Se pensarmos tecnicamente, ser alfabetizado significa a aquisição da proficiência da habilidade de ler e escrever, fundamentais para o desenvolvimento intelectual do estudante. Porém, talvez a definição mais adequada para alfabetização seja a do educador brasileiro Paulo Freire:
“A alfabetização é mais, muito mais, que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo, é a habilidade de continuar aprendendo e é a chave da porta do conhecimento”.
No Brasil, o direito à alfabetização é um dos pilares do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas para reduzir as desigualdades no acesso à educação e ampliar o alcance da alfabetização em todas as regiões do país. A alfabetização é também contemplada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define esse processo como prioritário nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental.
As taxas de analfabetismo ainda são altas no Brasil e as variações quanto à região, à raça e à idade são contextos importantes nos indicativos do país sobre educação. O alto número de analfabetismo tem impacto diretamente no desenvolvimento social e econômico. A exclusão social e a falta de capacitação profissional são alguns deles. Além disso, ainda há os analfabetos funcionais, que representam uma parcela da população que consegue ler e escrever pequenos trechos, mas não são capazes de interpretar, compreender e realizar contas matemáticas básicas.
A alfabetização contribui para o exercício da cidadania nas mais diversas práticas sociais. Nessa perspectiva, a comemoração do Dia Mundial da Alfabetização nas escolas ajuda a conscientizar os estudantes do papel essencial de tais competências para a redução das desigualdades existentes no país.
É muito importante que a escola promova a realização de atividades relacionadas ao Dia Mundial da Alfabetização. Dar visibilidade aos processos de aprendizagem de leitura e escrita estimula os alunos a reconhecerem a importância de desenvolver essa proficiência. Isso quer dizer que, além de entender a codificação e a decodificação do alfabeto, os alunos devem ser estimulados a reconhecer a alfabetização e o letramento como a possibilidade de participar com maior autonomia e protagonismo na vida social.
Ampliar esse olhar sobre as práticas educacionais faz parte do processo de formação integral do estudante. Trata-se de pensar sobre os aprendizados, os conhecimentos e os saberes, e não somente a apreensão cognitiva das práticas.
Despertar a atenção sobre a importância da alfabetização também permite que os alunos mobilizem e articulem conhecimentos a partir das dimensões socioemocionais. Entender a relação entre alfabetização e inclusão social, por exemplo, pode estimular competências e habilidades socioemocionais, como o compromisso e o respeito ao próximo, a conscientização e a cooperação.
Respeitando as fases e as etapas de aprendizado, todos os segmentos da Educação Básica podem promover atividades para celebrar o Dia Mundial da Alfabetização na escola. Os pequenos podem ser ainda mais incentivados quanto ao letramento, encorajados a perceberem a função social da leitura e da escrita. Se já familiarizados com textos, as crianças podem produzir seus próprios poemas ou ser encorajadas a participar de um concurso de soletração, por exemplo. Os jovens, por sua vez, podem realizar atividades que potencializem a criticidade e a autonomia de diversos gêneros textuais e/ou serem convidados, inclusive, a refletirem mais profundamente sobre as questões sociais relacionadas à alfabetização.
O Dia Mundial da Alfabetização coloca luz na importância de se construir um mundo livre do analfabetismo. Mesmo não existindo definições e padrões universais de alfabetização, a data rememora a certeza de sua importância e o compromisso mundial para o desenvolvimento social, econômico e humano de toda a população do planeta.
Além do dia mundial ou internacional, o Brasil ainda celebra o Dia Nacional da Alfabetização. Essa comemoração específica do nosso país acontece anualmente em 14 de novembro e reforça ainda mais a relevância do tema. Instaurada um ano antes do Dia Mundial da Alfabetização, a comemoração nacional foi criada por iniciativa do Governo Federal em homenagem à criação do Ministério da Educação e Cultura (MEC), a partir do Decreto de Lei nº 19.402/1930.
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