Como incentivar uma postura empreendedora na educação

11 de maio de 2021

Por: SOMOS Educação

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Alinhado às demandas da educação para o século XXI, o empreendedorismo vem sendo cada vez mais disseminado nas instituições de ensino. Incentivado na Educação Básica, aprender a empreender tem sido considerado o quinto pilar fundamental para a educação dos novos tempos.  

Por meio de disciplinas e soluções educacionais, o conceito vem ganhando espaço dentro das salas de aula. Seja como componente curricular ou como tema transversal, instituir uma cultura empreendedora na escola tem assegurado aos estudantes uma formação abrangente e multidisciplinar. Quer saber por que essa visão é importante e como incentivar uma postura empreendedora na educação? Descubra neste artigo! 

A importância do empreendedorismo na sala de aula 

Originado do campo empresarial e do mercado de trabalho, o termo empreendedorismo tornou-se área de conhecimento. Vinculado ao propósito de formação integral, a educação empreendedora permite que os estudantes desenvolvam algumas habilidades essenciais da sociedade contemporânea

Muito além de estimular a criação de novos negócios, o trabalho com o conceito de empreendedorismo em sala de aula diz respeito ao processo constante de aprendizado sobre o comportamento e/ou atitudes empreendedoras. Isso porque a noção de empreendedorismo diz sobre posturas e práticas que podem ser utilizadas para além do mercado de trabalho, em quaisquer situações da vida em sociedade. 

Aplicar os princípios do empreendedorismo na educação permite que os alunos sejam estimulados não somente a partir de vieses relacionados à vida profissional, mas também à sua vida pessoal. Projetos para a formação empreendedora desenvolvem competências múltiplas, alinhadas à capacidade de aprender, adaptar-se e promover transformações. 

Em convergência com as dez Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), atividades ou iniciativas de natureza empreendedora permitem a conscientização, reflexão e formação de competências e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo de todos os anos da Educação Básica. Exemplo disso é o pensamento crítico e a aprendizagem socioemocional. Por isso, há um forte incentivo para a introdução do empreendedorismo como componente curricular ou como tema transversal nas instituições de ensino do país


Algumas Competências Gerais da BNCC que envolvem propostas da educação empreendedora: 

Competência 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 

Competência 7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 

Competência 10: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BNCC, 2018) 

Como implementar uma educação empreendedora na escola 

A educação empreendedora incentiva a formação de competências e habilidades que muitas vezes não tem espaço nos modelos tradicionais de ensino. O protagonismo, a proatividade e a autogestão, por exemplo, são atitudes que não podem ser adquiridas por práticas de ensino meramente conteudistas. É preciso que os alunos sejam estimulados através de desafios, projetos e resoluções de problemas reais. 

Dessa maneira, a implantação nos currículos escolares de disciplinas de empreendedorismo ou educação empreendedora precisa acontecer por meio de metodologias ativas e participativas. É preciso que o aluno esteja no centro do processo de aprendizagem e seja efetivamente estimulado a executar atividades com criatividade e autonomia. 

Nesse contexto, algumas soluções educacionais e disciplinas podem ser inseridas na matriz curricular da escola assegurando práticas ativas e dinâmicas de aprendizado.  A perspectiva do empreendedorismo pode ser trabalhada com alunos de todas as idades, com níveis de complexidade adequados para cada fase escolar

No portfólio da SOMOS Educação as escolas parceiras contam com soluções de ensino reconhecidas, que asseguram experiências significativas e criativas de aprendizagem. É o caso da Mind Makerspor exemplo, que oferece o Empreendedorismo Criativo como uma disciplina prática para que jovens do 9º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio se tornem protagonistas de um futuro cada vez mais imprevisível.  

Com a Mind Makers, a criatividade é trabalhada em todas as aulas, que trazem repertório atual e abordagens da cultura digital que possibilitam aos alunos imaginar e traçar caminhos futuros. Com metodologias de aprendizagem alinhadas à BNCC, os alunos aprendem a empreender criando projetos reais para solucionar problemas da escola, da sociedade e do mundo, impactando positivamente seu entorno

Outra possibilidade que faz laço com o uso da gamificação na Educação Básica é o Tindin, um Ambiente Virtual de Aprendizagem Gamificada (AVAG) que visa a desenvolver a proficiência financeira por meio de tarefas e missões recompensadoras. A solução interativa é o primeiro ecossistema financeiro para o público infantojuvenil e atua em quatro eixos de aprendizagem: investimento, dinheiro, consumo e empreendedorismo.  

Outra ferramenta online que guia os alunos por experiências de aprendizagem baseada em projetos é o Dreamshaper. Disponível na Plurall Storea plataforma prática e motivadora incentiva a autonomia e o protagonismo dos alunos e conta com três trilhas de projetos: pesquisa, cidadania e empreendedorismo, e propõe o incentivo à investigação, design e construção de soluções.  

Os exemplos acima são algumas possibilidades para que escolas e os professores possam incentivar uma postura empreendedora na educação, seja como componente curricular ou como tema transversal na Educação Básica. O principal é se atentar para o fato de que através de desafios, projetos e resoluções de problemas reais, a educação empreendedora é capaz de formar indivíduos protagonistas de suas próprias vidas e que se sobressaem frente aos desafios do século XXI. Por isso, o incentivo a “aprender a empreender” tem estado tão em voga, principalmente nas pautas dos organismos internacionais, como veremos mais adiante. 

As competências estimuladas por uma postura empreendedora  

Estimular o desenvolvimento de habilidades que são comuns ao empreendedor permite aos estudantes uma formação abrangente e multidisciplinar. Há diversas competências que podem ser potencializadas com o trabalho de educação empreendedora dentro da sala de aula.  

O fomento ao pensamento crítico e propositivo, a análise problemas e a busca por soluções inteligentes são exemplos dessas habilidades. Além disso, o ensino do empreendedorismo é uma ferramenta que permite aos alunos aprenderem na prática a importância de habilidades tais como: 

  • autoconhecimento; 
  • boa comunicação; 
  • proatividade; 
  • autoconfiança; 
  • planejamento; 
  • criatividade; 
  • otimismo; 
  • liderança
  • flexibilidade e adaptação a mudanças; 
  • autonomia; 
  • dedicação; 
  • capacidade de assumir riscos; 
  • gestão de imprevistos; 
  • trabalho em equipe. 

Dessa maneira, favorecer o desenvolvimento de um tipo de mentalidade empreendedora assegura a formação de crianças e jovens inovadores e visionários. Lembrando que, incentivar essa postura na educação é entender que é possível aplicar o comportamento e atitudes empreendedoras em todas as áreas da vida e nas diversas situações do dia a dia. 

Políticas educativas sobre empreender

Um relatório organizado pela UNESCO, apresentado pelo professor Jacques Delors, na década de 90, indicou as aprendizagens fundamentais para o conhecimento dos indivíduos. Nomeado como “Educação para o século XXI”, o documento é reconhecido por apresentar quatro pilares fundamentais para a educação dos novos tempos e sugere um sistema de ensino fundamentado em pilares:  

  1. aprender a conhecer; 
  2. aprender a fazer; 
  3. aprender a ser; 
  4. aprender a conviver. 

Em 2004, em uma publicação do Projeto Regional de Educação para a América Latina e o Caribe (PRELAC), a UNESCO propôs a inserção de um quinto pilar do conhecimento a ser adicionado aos demais propostos por Jacque Delors: 

5. aprender a empreender! 

À luz dessas proposições de políticas educativas que reforçam a importância de se incentivar uma postura empreendedora na educação, instituir uma cultura empreendedora nas matrizes curriculares da Educação Básica tem sido uma pauta comum nas discussões das instituições de ensino do país. Destacando que esses debates são potencializados principalmente por instituições internacionais, como a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento (OCDE), a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO), por exemplo. 

Essas discussões mostram o quanto é inegável que os estudantes de hoje demandam posturas e práticas mais modernas de ensino. Com o celular e aparelhos eletrônicos nas mãos, essas crianças e jovens não respondem mais às metodologias ultrapassadas. Para pensar sobre essas novas abordagens e refletir sobre o futuro do ensino no Brasil e as novas tendências para a educação, conversamos com o professor e empreendedor Luis Vabo Júnior. Em um bate-papo exclusivo, Vabo fala sobre o que os professores precisam compreender para desenvolver suas habilidades, dar melhores aulas e cativar os alunos, além de elucidar a importância de soft skills e people skills. Baixe gratuitamente o e-book! 

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