5 habilidades do aluno do futuro

29 de janeiro de 2024

Por: SOMOS Educação

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Alunos enfileirados em carteiras, professor à frente apresentando conceitos e definições. Essa é uma cena que já não combina com as habilidades necessárias para a formação do aluno do futuro. O propósito da educação foi alterado e o novo cenário exige que o educador enxergue o aluno de forma integral. 

Esse novo contexto requer que conhecimentos e habilidades caminhem juntos no processo pedagógico, desenvolvendo os estudantes em dimensões múltiplas, tornando-os aptos a lidarem com os desafios da vida contemporânea. Mas você sabe quais são as habilidades do aluno do futuro? Neste artigo, você vai conhecer cinco competências fundamentais para assegurar uma formação de sucesso para os estudantes. 

As habilidades para a formação do aluno do futuro 

As dinâmicas da sala de aula estão diferentes, ressignificando os modelos tradicionais e estanques de ensino, e se tornando cada vez mais comprometidas com a formação integral das novas gerações. Além da proficiência de leitura, de escrita e da capacidade de resolver problemas matemáticos, a preparação dos estudantes deve considerar o desenvolvimento de habilidades alinhadas às expectativas futuras profissional e social desse aluno. 

Pode parecer novidade, mas muitas tendências e inovações já estão integradas ao processo de ensino-aprendizagem de muitas escolas do país. As novas práticas têm na BNCC o pilar essencial de transformação. No documento, todas as dimensões formativas do sujeito – intelectual, física, emocional, social e cultural – aparecem como compromisso para a preparação de crianças e jovens para a vida, o trabalho e a cidadania. 

Alfabetização digital e inteligência emocional são exemplos de práticas da educação alinhadas às habilidades necessárias para a formação do aluno do futuro. Além delas, postura empreendedora, capacidade de resoluções de problemas e flexibilidade cognitiva são práticas que precisam ser estimuladas nos dias atuais para assegurar o sucesso dos alunos no futuro. Conheça cada uma delas a seguir! 

Alfabetização digital 

As tecnologias estão cada vez mais integradas às práticas de ensino, sem contar que já fazem parte da rotina e lazer dos estudantes. Nesse cenário, além da fluência no uso dos recursos digitais, é preciso que exista a capacidade de analisar criticamente as soluções. É aqui que se destaca a importância de desenvolver o pensamento e o raciocínio computacional. 

Segundo a conceituação da Universidade de Cornell, a alfabetização digital é “a habilidade para encontrar, avaliar, compartilhar e criar conteúdo utilizando tecnologias da informação e a Internet”. Trata-se da capacidade de localizar, qualificar, produzir e comunicar informação usando plataformas digitais de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.  

Para estimular essa habilidade, as escolas precisam investir em plataformas, softwares e aplicativos como aliados para a produção de conhecimentos. Com orientação e intencionalidade pedagógica, os recursos para potencializar a alfabetização digital são inúmeros. Jogos educativos, livros digitais, vídeos, conteúdos interativos, laboratórios virtuais são exemplos de recursos didáticos que podem ser explorados. 

Inteligência emocional 

Transitar bem pelas questões emocionais é um quesito fundamental da formação dos estudantes. Saber reconhecer e lidar com seus sentimentos e emoções e com os sentimentos e emoções alheios faz da inteligência emocional uma habilidade cada vez mais necessária para a construção e a manutenção de relacionamentos. 

Entender e descobrir formas saudáveis de exprimir e lidar com as emoções assegura uma atitude positiva diante da vida, com tolerância às frustrações, aceitação e resiliência, por exemplo. Essa capacidade diz tanto das habilidades intrapessoais – aquelas relacionadas ao autoconhecimento, ao autocontrole e à automotivação – quanto das interpessoais – como a empatia, a cordialidade e a colaboração. 

Capacidade de resoluções de problemas 

A capacidade de resoluções de problemas vai além das equações matemáticas. Ela diz da habilidade de usar um conjunto de estratégias para responder, de forma eficaz, a uma possível adversidade. Por mais que pareça desafiador, estimular essa habilidade não se limita à exposição do aluno a uma questão complexa e desanimadora. Existem maneiras criativas e atraentes de estimular o raciocínio lógico e a tranquilidade. 

Uma grande tendência educacional do século XXI é a Aprendizagem Baseada em Problemas, ou simplesmente a sigla ABP, originada do termo em inglês “Problem Based Learning”. Conhecida como um modelo de metodologia ativa de aprendizado (que, como o próprio nome já diz, é exatamente o oposto do aprendizado passivo), essa metodologia estimula a aprendizagem por meio de discussões em grupo que levam à resolução de problemas e não mais à divisão de conteúdos por disciplinas, como é feito no modelo de educação tradicional. 

Esse método transdisciplinar permite que os estudantes aprendam a solucionar problemas reais ou simulados a partir de um contexto real. Ele é centrado no aluno, tornando o professor um facilitador do processo de produção do conhecimento, e pode ser utilizado nos diversos níveis de ensino. 

Postura empreendedora

Muito além de estimular a criação de novos negócios, o trabalho com o conceito de empreendedorismo na educação diz respeito ao processo constante de aprendizado sobre o comportamento e as atitudes empreendedoras. Trata-se do aprender a empreender, estimulando nos alunos competências múltiplas aplicáveis em qualquer situação da vida em sociedade.  

Pensamento crítico e propositivo, análise de problemas e busca por soluções inteligentes são exemplos das habilidades estimuladas pelo empreendedorismo e fundamentais para o aluno do futuro. Ter capacidade de negociação, de análise e tomada de decisão extrapola a atuação da vida profissional e se expande também para a esfera da vida pessoal.  

A implantação nos currículos escolares de disciplinas de empreendedorismo ou educação empreendedora precisa acontecer por meio de metodologias ativas e participativas. Algumas soluções educacionais e disciplinas podem ser inseridas na matriz curricular da escola desde a Educação Infantil, assegurando práticas ativas e dinâmicas de aprendizado. 

Flexibilidade cognitiva 

A capacidade de adaptação é essencial para os novos tempos. Para isso, é preciso ter a habilidade de aprender e desaprender. Diante de desafios, é necessário ter uma postura ativa na formulação de novas conexões e novas formas de pensar, ajustando e flexibilizando ações para alcançar os resultados pretendidos. 

Essa capacidade do cérebro de se adaptar a novos acontecimentos é conhecida como flexibilidade cognitiva. Categorizada como uma soft skill – expressão utilizada para se referir às habilidades emocionais, comportamentais e sociais dos indivíduos – ela abarca posturas como criatividade, raciocínio lógico e sensibilidade, consideradas como as habilidades do século XXI. 
 
Aqui a expressão “pensar fora da caixa” indica possíveis trajetórias para estimular nos alunos a flexibilidade cognitiva. Para isso, o planejamento pedagógico deve estimular formas inovadoras de pensar, criativas e que extrapolem os padrões convencionais. Nada mais adequado do que colocar em prática os princípios da educação maker, permitindo que os alunos tenham oportunidades e recursos necessários para desenvolverem e testarem novas ideias. 

Novos paradigmas do processo de ensino-aprendizagem 

Reconhecidas como fundamentais para a vida e requisito para as profissões do futuro, as cinco habilidades apresentadas acima mostram a amplitude necessária para a formação dos estudantes dos novos tempos. Com isso, inovar os processos de ensino não é mais opcional. A escola precisa acompanhar as mudanças e novas tendências sociais.  

Para ajudar esse processo, as metodologias ativas de aprendizagem têm sido a escolha de muitas instituições de ensino, sendo, inclusive, um modelo que já é adotado por vários países do mundo. Essa nova dinâmica do contexto educacional coloca o aluno como protagonista do processo de ensino-aprendizagem, assimilando os conteúdos de forma ativa e alcançando muito mais resultados. 

Apesar de parecer um conceito atual, as metodologias ativas surgiram no início dos anos 1990, revendo as práticas de aprendizado passivo e colocando o aluno no centro do processo de construção de saberes. Alguns modelos que exemplificam essa metodologia já são conhecidos no ambiente escolar, mas, para aprofundar um pouco mais nos diversos tipos de metodologias ativas, preparamos um e-book exclusivo sobre o tema. Baixe gratuitamente: 

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