Qual é o papel da escola no mundo das redes sociais e do Chat GPT?

10 de abril de 2023

Por: SOMOS Educação

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Na era da informação, uma nova questão tem surgido no universo da educação: como definir o papel da escola em relação às redes sociais, que, a cada dia, têm ocupado cada vez mais o tempo dos estudantes?  

As notícias e as informações circulam em grande velocidade. Esse acesso de forma rápida tornou a triagem do que é útil um grande desafio. Afinal, o que pode servir para o futuro e o que é apenas um entretenimento imediato?  

Diante desse turbilhão de informações, como a escola deve agir? As redes sociais e as ferramentas tecnológicas – como o Google e o Chat GPT – devem ser usadas como aliadas? Como fazê-lo sem perder a atenção dos alunos? 

É claro que não existem soluções definitivas nesse cenário, mas é possível definir o papel da escola nesse contexto. Continue lendo! 

O papel da escola diante das tecnologias 

À medida que a sociedade vai evoluindo e se modificando, a educação também evolui e se modifica. Um dos principais desafios a serem enfrentados no contexto educacional atual se refere às novas tecnologias, pois o acesso à informação tem sido facilitado, de forma que os alunos não dependem somente das aulas para aprender.  

Os jovens têm ficado cada vez mais conectados às redes sociais e às pesquisas no Google. Diante disso, a escola assume um papel importante na mediação do conhecimento, já que, na internet, encontram-se muitas informações equivocadas. 

Confira a seguir uma reflexão sobre as transformações que as escolas têm vivido e como as instituições podem lidar com elas. 

Entender a potencialização do hipertexto 

Um conceito que deve servir como ponto de partida aos professores é o de hipertexto. Desde que o sociólogo americano Theodor Nelson começou a usar o termo na década de 1960, essa realidade nunca esteve tão presente no mundo educacional. 

Se, antes, as histórias nos livros eram contadas de maneira linear, com o surgimento da informática, esse paradigma se quebrou. As informações estão em todos os lugares e é preciso selecioná-las de maneira interativa e recriar a partir delas. 

Nesse sentido, o conceito de hipertexto parte da ideia de que as informações estão dispostas e o aluno tem a liberdade de escolher o que irá consumir primeiro. Portanto, o professor deve estar preparado para lidar com perguntas que podem não seguir o contexto da aula.  

Mais autonomia na aquisição do conhecimento 

É possível dizer que o hipertexto afetou a forma como o professor trabalha. Hoje ele é mais um mediador e colaborador do aluno e precisou abandonar a missão de simplesmente transmitir seus conhecimentos em um fluxo unidirecional. 

Como o leitor do hipertexto, o aluno agora é ativo em relação à aquisição do próprio conhecimento. É ele quem vai traçar suas linhas de interesse nesse mar de informações, selecionando, comentando e adicionando outros significados, e é dessa forma que ele deve trabalhar em pesquisas na internet. 

Portanto, o aluno é colocado no centro do processo de ensino-aprendizagem, de maneira que o conhecimento é construído a partir do momento em que o interesse surge. Dessa forma, o estudante se torna capaz de aplicar o que aprendeu no dia a dia mais facilmente. 

A tecnologia como uma aliada 

A partir do momento em que o professor entende que sua autoridade pode ser reduzida em favor de mais autonomia para os alunos, ele está pronto para usar as tecnologias – redes sociais, mecanismos de busca e sistemas de inteligência artificial – como aliadas. 

O papel da escola neste contexto pode ser comparado ao de um maestro que vai reger uma orquestra, mas não vai tocar efetivamente a música. O professor, que nunca será substituído por essas tecnologias inovadoras, deve ser um orientador para ajudar o aluno a aprender a selecionar informações importantes que possam fazer a diferença no futuro.  

O uso de interações em mídias sociais no ambiente educacional tem crescido nos últimos anos, mas ainda é preciso gerenciá-lo muito bem.  

Como despertar o interesse pela escola? 

Professores muitas vezes se frustram devido à distração dos alunos em sala de aula. Afinal, como fazer a escola ser interessante? Algumas instituições criaram páginas ou grupos privados no Facebook, por exemplo, como meios de troca de informação ou para discussões das questões de classe. 

Se os alunos passam horas nas redes sociais, a escola deve ocupar um espaço por ali também. Outros educadores vão além e usam as redes sociais e as tecnologias na própria sala de aula com o auxílio de dispositivos móveis, por exemplo. Isso torna o ambiente mais interativo e faz o estudante se identificar mais com o conteúdo. 

Aulas mais interativas, mais dinâmicas e que se servem de recursos tecnológicos para promover discussões tendem a despertar maior interesse nos estudantes. Dessa forma, é possível, sim, usar o Google e as redes sociais como aliados. 

CHAT GPT: um salto na transição digital das escolas? 

De fato, lidar com as mudanças na educação nem sempre é uma tarefa fácil. No entanto, os educadores devem estar preparados para enfrentá-las, já que transformações são inevitáveis.  

Recentemente, o Chat GPT (Generative Pre-Trained Transformer), uma ferramenta de inteligência artificial gratuita e acessível, tem provocado grandes debates sobre seu impacto na educação. A proibição de uso é o caminho? Como trabalhar a tecnologia como suporte e apoio educacional? 

Essa inovação foi o tema do webinário promovido pela SOMOS Educação “CHAT GPT: um salto na transição digital das escolas?”. No debate, especialistas de educação conversaram sobre a proposta do Chat GPT, o impacto no segmento educacional e a possibilidade de aplicações positivas da tecnologia da educação. Clique para assistir à gravação do encontro: 

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