6 de abril de 2021
Por: SOMOS Educação
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A evolução da humanidade e das suas tecnologias impactou todo e qualquer aspecto social. As relações foram transformadas, a informação circula a velocidades inexplicáveis e a sociedade precisou se adaptar ao novo modo de viver.
Com a educação não poderia ser diferente. O papel do aluno, do professor e da comunidade escolar evoluiu e se transformou com o passar do tempo e da evolução tecnológica. Hoje, vemos uma sala de aula altamente conectada e diferente de tudo já imaginado anteriormente.
É sobre isso que vamos falar neste artigo. Entenderemos a evolução da educação e do papel do professor através dos tempos. E tudo isso, em comparação com o desenvolvimento das revoluções industriais. Vamos lá?
Para pensarmos a trajetória do papel do professor até os dias atuais, precisamos entender que as grandes transformações iniciaram-se com as revoluções industriais.
A primeira revolução foi marcada pelo advento da máquina à vapor na indústria têxtil e locomotiva. Nesse período, a produção deixou de ser artesanal e passou a ser manufaturada e a larga escala.
Ainda como uma reprodução dos movimentos humanos, a indústria dava um pouco de volume às produções e desenvolvia padrões de confecção e trabalho.
A segunda revolução trouxe consigo o volume produtivo e novas ferramentas. Um mundo novo surgia e novas possibilidades e produtos poderiam ser desenvolvidas.
Técnicas aprimoradas e aceleração das mudanças. Um novo padrão de trabalho era criado e que, conectado à educação, pode ser visto hoje como uma problemática da segunda revolução.
A industrialização uniformizava o trabalho e, por consequência, a escola aplicava em suas práticas. Os métodos educacionais eram padronizados, o aluno seguia fórmulas concretas e a evolução era interferida. A padronização em sala de aula não permite a liberdade e o papel do professor torna-o o foco central e uma figura “ditatorial” e detentora de todo conteúdo. O professor é dono das respostas e até mesmo das perguntas.
A terceira revolução caracteriza-se pela movimentação em escala dos recursos tecnológicos e eletrônicos. Também conhecida por Revolução Técnico-Científica e Informacional, é uma era de inovação tecnológica marcada por avanços no campo da informática, da robótica, das telecomunicações, dos transportes, da biotecnologia, química fina e até da nanotecnologia.
Neste período, o mercado “encolhe” e a produção cresce em um novo formato. Surge uma maior customização da mercadoria a partir dos avanços e interesses do público. Carros com cores variadas, marcas se adequando e tecnologias de ponta permitindo cada transformação.
A educação também mergulha em um processo de customização. O aluno se molda juntamente à sala de aula e o conteúdo dá maior abertura para novas interpretações e formatos.
A quarta revolução ou Revolução 4.0 transformou fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Não foi só uma etapa de avanços tecnológicos, mas sim uma mudança de paradigma.
“A quarta Revolução Industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital” – Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial
Experimentamos novos formatos de consumo, novos empregos e novas possibilidades. As mudanças em sistemas operacionais e a evolução do acesso massificou a informação. Hoje, qualquer um pode ter respostas e perguntas na palma da mão. Uma mudança comportamental que afeta diretamente a sala de aula.
A alta informatividade transforma o papel do professor e ele deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a ser um tutor. O educador guia o aluno por entre as possibilidades e faz o processo de triagem entre as respostas e perguntas possíveis.
A quarta revolução é a chave para as movimentações do novo século e o novo profissional que se desenvolve aqui tem possibilidades ainda não conhecidas. E as novas possibilidades trazem consigo novas demandas. É sobre isso que falaremos a seguir!
A nova era movimentou novas possibilidades e essas possibilidades exigem novas respostas. O aluno precisa estar preparado e o papel do professor perpassa por esse caminho tão incerto. A pandemia do coronavírus e a alta conexão advinda desse cenário fez com que as reações precisassem vir mais rapidamente e que a zona de conforto deixasse de existir.
O aluno precisa estar confortável em não saber o que vem pela frente e criar novas estratégias de soluções de problemas. Um processo educacional dentro de um cenário como este deve permitir o desenvolvimento de habilidades do novo século.
As decisões passam a ser tomadas com meias informações e incertezas. O papel do professor e da escola é simular situações e ambientes que permitam o erro e ajustes para os melhores resultados.
A curiosidade torna-se a maior ferramenta e a exploração em sala de aula deve estar sempre ativada. O estudante precisa ser instigado e protagonizar suas soluções e suas próprias respostas.
A autonomia é essencial e o incentivo a modulação de sua própria trajetória também. Os novos caminhos e trajetórias desenvolvem alunos diferentes e com escolhas diversas. A empatia e a aceitação das diferenças também tornam-se essenciais a cada segundo no novo século.
O futuro é repleto de possibilidades e o professor deve-se unir aos alunos para que momentos de fragilidade e incertezas não deixem que os resultados sejam prejudicados por longos períodos. Concluindo, a sala de aula não é mais um oratório para discursos e exposições. Agora ela se torna um palco coletivo e é nosso dever permitir essa troca e transformar aos poucos o nosso presente.
Este artigo é um fragmento do webinário promovido pela SOMOS Educação sobre Ensino híbrido na prática. Conduzida por Rauni Fontana, professor e assessor pedagógico da Plurall Store, a live, além de contextualizar o papel do professor dos novos tempos, também apresentou ferramentas que podem apoiar os educadores no modelo híbrido de ensino. Quer entender como aplicar na prática o ensino híbrido? Assista ao webinário na íntegra:
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