15 de maio de 2023
Por: SOMOS Educação
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De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a oferta de Educação Básica deve ser baseada no princípio da gestão democrática. Atualmente essa proposta está presente na maioria dos discursos da reforma educacional referente à gestão.
Em essência, a gestão democrática da escola fomenta a coparticipação da comunidade nas tomadas de decisões. Para esclarecer possíveis dúvidas, preparamos este artigo com dicas de como implementar uma gestão escolar democrática na sua instituição. Confira!
A gestão democrática na escola implica a participação eficiente nos aspectos organizacionais dos vários componentes da comunidade escolar – pais, estudantes, docentes, gestores e funcionários da instituição – e envolve a participação em decisões como a destinação dos recursos financeiros e sua fiscalização, além de pontuar as necessidades de investimento.
Desempenhando um papel fundamental nesse modelo de gestão, o diretor pode facilitar ou dificultar a implementação dos procedimentos participativos. Em algumas gestões, é notável a melhora do desempenho da instituição em que diretores investem na capacitação de profissionais e no desenvolvimento de sistemas de acompanhamento escolar.
Atualmente, as instituições precisam de gestores facilitadores. Sendo assim, estima-se profissionais que trabalham visando à resolução de problemas em grupo e que exercem sua liderança em conjunto com professores e colegas. Cabe a eles, também, ajudar a identificar as necessidades de capacitação. Assim, todos os agentes educacionais serão capazes de adquirir habilidades necessárias para uma formação de qualidade.
Um bom gestor possui a capacidade de ouvir o que os outros têm a dizer, delegando autoridade e dividindo o poder. Todos os integrantes do corpo estudantil dirigem-se ao diretor com suas ideias, desejos e problemas. Sendo assim, é importante que esse profissional seja uma pessoa aberta ao diálogo, firme, calmo e capaz de encorajar o corpo docente nas horas de desânimo.
Uma gestão democrática depende tanto de uma comunidade participativa quanto de um diretor aberto e que estimule a integração de todos no processo de tomada de decisões. Garante-se, assim, uma melhora no processo de ensino-aprendizagem e encoraja-se o gestor a enfrentar os desafios cotidianos.
Diversos são os desafios na implementação de uma gestão democrática na escola. Para que essa implementação seja efetiva, alguns pontos podem ser dados como prioridade para a gestão escolar.
A escola é feita para suprir as necessidades da comunidade. Sendo assim, a participação de todos é fundamental para que se conheçam essas necessidades. A participação e a integração se dão por meio do diálogo. Cabe ao gestor garantir que todos sejam ouvidos.
Abrir as portas da instituição é uma boa maneira de fazer com que a comunidade se sinta à vontade nela. Envolver a todos em projetos educativos e pedir avaliações e críticas também são atitudes importantes. Desse modo, é possível construir um laço de confiança com alunos, pais e responsáveis.
Para que a gestão escolar democrática exista e funcione com eficiência, um bom planejamento escolar é essencial. Planejar é uma maneira eficaz de analisar os objetivos esperados para esse tipo de gestão. Dessa forma, é possível estabelecer o melhor caminho a ser seguido.
Distribuir responsabilidades e contar com os principais agentes da formação acadêmica é uma maneira eficiente de estabelecer os passos necessários para a transformação esperada. Conversar com a comunidade escolar também é uma maneira de traçar os objetivos durante o planejamento, tornando possível escolher a representatividade de cada membro.
Apesar de serem tomadas de maneira coletiva, algumas decisões não ficam claras para toda a comunidade escolar. Para isso, é necessário manter o processo o mais transparente possível. O ideal é que todas as ações da instituição sejam divulgadas. Isso pode ser feito através de redes sociais, do portal do aluno ou até mesmo nos corredores da instituição. Dessa maneira, todos podem conhecer as ações e seus impactos no dia a dia da escola, e é possível que todos percebam a motivação da escola em estabelecer uma relação de parceria com seus membros. Um gestor democrático adota uma postura mais voltada para a coletividade e menos para as próprias decisões.
Geralmente restritas a reuniões escolares e a conversas sobre a instituição, a união entre os membros da comunidade escolar deve extrapolar esses padrões e incentivar a participação de todos nas ações e decisões.
Cabe ao gestor dialogar e incentivar a comunidade a participar da implementação dessa gestão. Essa não é uma missão fácil. Convencer as pessoas de que elas possuem um papel fundamental dentro da instituição pode demandar bastante tempo e esforço, principalmente quando falamos de pais e responsáveis que acreditam que a escola é apenas a responsável pela educação dos filhos.
Isso comprova a importância do planejamento, quando são definidos os momentos de abordagem dos pais e responsáveis. Nesses encontros, é importante levantar as necessidades da comunidade e aproveitar também a oportunidade para explicar a mudança de gestão e os reflexos que ela trará para a melhora da instituição.
Adotar a gestão democrática na escola envolve assumir novas responsabilidades e dividir seu papel na tomada de decisões. Só assim é possível oferecer autonomia para os membros da comunidade escolar e, desse modo, buscar soluções e agregar valor à escola.
O Projeto Político-Pedagógico (ou Projeto Pedagógico) é um guia que busca traçar, de forma colaborativa, as diretrizes que a escola deve seguir durante o ano letivo. Baseado na gestão escolar participativa, o documento é imprescindível para nortear os trabalhos da escola, com os objetivos, as metas e os meios para conquistá-los.
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