Como conduzir a comunidade escolar no cenário atual: Kit de sobrevivência para gestores

21 de julho de 2020

Por: SOMOS Educação

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A suspensão das aulas presenciais impôs às escolas a necessidade de se adaptarem rapidamente a uma nova realidade de ensinar. Como medida para conter a propagação do coronavírus, as aulas presenciais precisaram ser substituídas pela modalidade remota de ensino. Nesse novo cenário, vários desafios foram atribuídos à escola, dentre eles a adequação das práticas pedagógicas, a comunicação efetiva com toda comunidade escolar e o registro de todas as atividades realizadas no período.  

Considerando a relevância desse tema, as soluções educacionais complementares que integram o portfólio da SOMOS Educação – Líder em Mim, Mind Makers e English Stars – promoveram um webinário sobre o assunto. Neste post, relacionamos os principais pontos da conversa. Confira! 

O webinário “Como conduzir a comunidade escolar no cenário atual” foi guiado por Daniel Freitas, professor graduado em Licenciatura em Computação e Coordenador Pedagógico na editora educacional Mind Makers, e Renan Dias, professor de história e coautor da disciplina Empreendedorismo Criativo na Mind Makers.  

A proposta desse bate-papo foi compartilhar dicas e experiências  do que vem sendo praticado e é considerado ideal no que se refere a comunicar, ensinar e registrar durante o período de ensino remoto.  O objetivo é que as dicas relacionadas no webinário funcione como um kit de sobrevivência para gestores nesse momento de pandemia. Veja a seguir:  

Comunicação efetiva e eficiente com a comunidade escolar 

Daniel Freitas aponta a Comunicação como prática fundamental para o bom funcionamento das escolas. Segundo o educador, uma comunicação eficiente deve permear todos os agentes da comunidade escolar: alunos, famílias, professores, toda equipe docente e de gestão. Nesse contexto, para assegurar uma comunicação realmente eficaz, o educador se apropria de um termo da Ciência da Computação conhecido como “Three-way handshake”, que em tradução livre seria “aperto de mão em três etapas”. 

Essa prática diz respeito a três etapas primordiais de um processo de comunicação, que são: envio da informação para o receptor correto e por um canal eficiente, a garantia do recebimento da mensagem e a confirmação de que essa mensagem efetivamente chegou ao seu destinatário. São esses três passos que asseguram uma comunicação realmente eficiente, destacando que deve existir espaço para que os interlocutores troquem de papel em determinados momentos, ora emitindo ora recebendo informações.   

Entre as experiências vivenciadas pelos educadores – e que podem ser adaptadas para a rotina da sua instituição de ensino – estão práticas como: 

  • Revisão das formas anteriores de contato com as famílias, assegurando uma comunicação constante nesse período de distanciamento social; 
  • O uso de ferramentas instantâneas de mensagens, que já estão integradas no dia a dia de toda a comunidade escolar, entendendo e experimentando os possíveis formatos, como grupos e listas de transmissões;  
  • Realização de reuniões virtuais com os pais, segmentadas por turmas e com tempo preestabelecidos, além de uma definição e apresentação prévia da pauta dos itens que serão discutidos;  
  •  Efetivar pesquisas de satisfação através de formulários online para analisar, por exemplo, como os pais e alunos estão se sentindo com relação ao ensino remoto.  

Dessa maneira, como item fundamental desse kit de sobrevivência para a condução da comunidade escolar no cenário atual, a comunicação deve ser assertiva e eficiente, mesmo que em plataformas digitais. É através da conexão efetiva e de uma atuação conjunta entre os agentes da comunidade escolar que o processo de ensino-aprendizagem será assegurado no período de distanciamento social. 

Educação online síncrona e assíncrona 

Algumas instituições adotaram estratégias de educação online para garantir a continuidade das atividades curriculares. Essas práticas podem acontecer através de ferramentas síncronas e assíncronas. As atividades síncronas acontecem a partir de interações simultâneas, em tempo real. Já as assíncronas, referem-se a aulas gravadas, exercícios e testes que podem ser realizados sem que alunos e professores estejam conectados ao mesmo tempo. 

Ambas as ferramentas apresentam vantagens e desvantagens. Cabe a escolar avaliar questões como a rotina e equipamentos disponíveis nos contextos familiares, equacionar o tempo das atividades e os formatos de conteúdos que serão disponibilizados.  A dica dos educadores é que os dois formatos sejam mesclados, aproveitando os pontos positivos de cada recurso. Para isso, a sugestão de boa prática é que a divisão e organização das atividades aconteçam da seguinte forma: 

  • 30% do tempo para conteúdos assíncronos, considerando textos, videoaula gravadas com conteúdos expositivos, por exemplo; 
  • 40% do tempo destinado às atividades assíncronas, como questionários, projeto e atividades que deverão ser realizadas e entregues no tempo indicado;  
  • 30% de interações síncronas, considerando a correção de atividades, o esclarecimento de dúvidas, o início ou fechamento de um projeto, ou seja, um momento de trocas efetivas.  

Registro das atividades  

Para assegurar que as atividades não presenciais possam futuramente ser consideradas efetivas para o período letivo, respeitando as especificidades das legislações de cada estado e município, o registro das atividades remotas é fundamental. A dica dos educadores é que os formulários online sejam utilizados para essa ação. Através de recursos como o Google Forms, por exemplo, é possível registrar a assiduidade dos alunos por meio de uma lista de presença.  

Outra maneira de registrar o engajamento do estudante é vincular questões e atividades à uma aula assíncrona. Além de assegurar o registro da presença, atrelar um teste ao conteúdo ministrado possibilita ao docente uma avaliação da efetividade do aprendizado.  

Educação infantil e ensino remoto 

Adaptar as atividades presenciais que eram realizadas com as crianças da Educação Infantil para o modelo remoto tem sido um grande desafio para os educadores. Se a sala de aula dispunha de vários recursos para estimular o aprendizado através da exploração e manipulação, a dica agora é usa a criatividade para encantar, surpreender, trazer novidades, brincadeiras, jogos e músicas como maneira de passar o conteúdo. 

É preciso criar e utilizar dinâmicas mais lúdicas, com recursos variados, e usar as ferramentas que a família tem em casa. Vale propor atividades com bambolês, tampinhas, rolos de papel higiênico e também explorar recursos digitais como robôs e jogos, por exemplo.  

O conhecimento vale mais quando compartilhado 

Nesse momento de adaptações e desafios, o conhecimento vale mais quando compartilhado. Para adequar o planejamento pedagógico desenhado no início do período letivo para esse novo cenário de ensino remoto, a troca de experiências pode indicar caminhos e técnicas práticas e efetivas.  

Para acessar os modelos de cada uma das boas práticas apontadas ao longo do artigo e ter acesso a outras experiências compartilhadas, assista na íntegra o webinário e receba ainda um material complementar por e-mail:

 

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