21 de agosto de 2023
Por: SOMOS Educação
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Quando você pensa em avaliação escolar, a primeira coisa que vem à mente é a tradicional prova escrita? Então ligue o alerta, porque sua instituição de ensino pode estar atrasada. Apesar de ainda ser um método relevante para testar o desempenho dos alunos, os exames escritos não devem ser os únicos recursos utilizados nas escolas para avaliação da aprendizagem.
Avaliar faz parte de um processo pedagógico contínuo que vai além de apenas dar notas aos estudantes. As avaliações precisam auxiliar o planejamento e a revisão dos processos de ensino-aprendizagem.
Quer saber mais? Neste artigo, você vai entender a importância das avaliações e conhecer 5 tipos de avaliação escolar que podem ser aplicados em sala de aula. Vamos lá?
A avaliação é intrínseca ao processo educacional. Seu significado ainda é comumente associado às práticas avaliativas tradicionais, classificatórias e punitivas – com aplicação de provas que resultam na atribuição de notas e/ou conceito para posterior aprovação ou reprovação. Mas será que apenas a aferição de pontos corresponde a uma efetiva verificação de aprendizagem? A resposta, como você já sabe, é não!
O conceito de avaliação educacional vem evoluindo ao longo das últimas décadas, e essa ferramenta deve ser compreendida como um subsídio à prática docente. Os recursos avaliativos devem ser vistos como aliados da realidade escolar, visto que possuem como objetivo a melhora constante do processo de ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, as avaliações escolares tornam-se recursos imprescindíveis para análises acerca da qualidade do modelo pedagógico. Seus resultados não devem ter um fim em si mesmo e precisam pautar ações e intervenções pedagógicas para a superação das dificuldades identificadas.
São diversas as formas de avaliação educacional e elas vão muito além das provas. Cada tipo de avaliação tem um objetivo pedagógico distinto. E vale destacar que esses tipos de avaliação não são excludentes, mas complementares! Compreender os diferentes métodos (e os resultados que cada um fornece) permite um profundo diagnóstico da qualidade do processo pedagógico.
Como citamos antes, as avaliações auxiliam as escolas, os educadores e os alunos a repensarem as estratégias adotadas em sala de aula, com foco no aperfeiçoamento, no aumento de desempenho e desenvolvimento de habilidades dos discentes. Entretanto, apenas aplicar avaliações não é suficiente.
O ideal é que seja estabelecida uma cultura de realização contínua de avaliações. Dessa forma, elas servirão como ferramenta para conhecer o desempenho e o perfil dos alunos, além de servir ao acompanhamento e embasar melhorias no processo de ensino-aprendizagem. Com isso, as avaliações contínuas auxiliam as tomadas de decisão não somente do professor mas de todo o coletivo da instituição de ensino.
Verificar a confluência entre os objetivos definidos no planejamento educacional e os resultados efetivamente alcançados pelos alunos é um dos principais benefícios das avaliações contínuas. Mas, além dessa constatação, por meio de avaliações sistêmicas, é possível identificar questões que contribuem para o planejamento pedagógico dos docentes. Isso possibilita o estabelecimento ou a reestruturação de metas, por exemplo.
Aplicar testes, analisar resultados, identificar os pontos fortes e reconhecer possíveis lacunas de aprendizagem devem ser processos que ocorrem continuamente nas instituições de ensino. Para isso, é preciso conhecer os principais tipos e os benefícios das avaliações escolares. Vamos abordá-los logo adiante.
As avaliações praticadas pelo professor em sala de aula para acompanhar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos são nomeadas avaliações internas de aprendizagem. Esse tipo de avaliação é determinado de acordo com o planejamento escolar, e seus resultados pautam o trabalho do educador sobre o avanço em suas práticas pedagógicas ou, se necessário, o retorno a alguma etapa do ensino.
As avaliações internas podem ser realizadas a partir de diferentes instrumentos avaliativos, sendo o professor capaz de recorrer a diversas formas, de acordo com seu objetivo. Se o propósito for avaliar o desempenho da turma, por exemplo, avaliações coletivas ou trabalhos em grupo podem indicar os resultados do aprendizado geral. Caso a proposta seja identificar o desempenho particular, o tradicional exame individual e sem consulta pode indicar o aproveitamento de cada aluno.
Os vários tipos de avaliação existentes fornecem dados diversos sobre o desempenho dos estudantes. Cada modelo tem características e objetivos pedagógicos distintos. Por isso, conhecer e aplicar o tipo adequado de avaliação para cada momento do processo educacional é de grande importância.
As avaliações diagnósticas, formativas, comparativas e somativas estão entre as principais modalidade de avaliação escolar. Em alguns casos, esses tipos de avaliação podem lançar mão dos mesmos instrumentos de aplicação, mas é fundamental observar que as intencionalidades de cada um se diferem.
Conheça a seguir a proposta de cada um dos tipos de avaliação e suas possibilidades de uso para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
Faz parte do tipo de avaliação conhecido como diagnóstica identificar a realidade de conhecimento de cada aluno e verificar suas habilidades ou dificuldades de aprendizagem. Normalmente essa modalidade é aplicada nos momentos iniciais e finais de uma fase da educação. O objetivo dessa avaliação é conhecer melhor os estudantes, identificando e compreendendo suas necessidades.
Sem caráter classificatório, as informações das avaliações diagnósticas indicam os avanços e as dificuldades da turma. As informações obtidas por meio desse tipo de avaliação evidenciam os pontos fortes e fracos do processo educativo. Isso permite que as instituições de ensino repensem as atividades que irão favorecer o aprendizado dos alunos ao avaliarem possíveis mudanças nas práticas escolares por meio das intervenções pedagógicas.
As avaliações diagnósticas podem ser realizadas por meio de:
Além da função diagnóstica, apresentada no item anterior, as avaliações de ensino-aprendizagem também podem ser formativas. Isso se dá quando elas têm o objetivo de verificar o progresso e as dificuldades de aprendizagem dos alunos, tornando mais produtiva o ensinar e o aprender.
Essa modalidade de avaliação busca medir o desempenho escolar dos estudantes ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Fugindo à maneira tradicional de avalições diretamente vinculadas à atribuição de notas, esse modelo pretende acompanhar a evolução da aquisição de conhecimento do aluno. Utilizado ao longo de todo o período educacional como ferramenta para avaliar a performance dos alunos, ele permite que a prática docente seja ajustada às necessidades dos estudantes.
O viés de concepção classificatória dá lugar à coleta de evidências a respeito da eficiência das práticas de ensino e aprendizagem. Seu foco é a formação, ou seja, o acompanhamento efetivo do aluno no que se refere à assimilação dos conteúdos programados e das competências e habilidades pretendidas.
Dentre os principais instrumentos desse tipo de avaliação, podemos destacar:
Esta é, possivelmente, a modalidade avaliativa mais comum dentro das escolas brasileiras. Utilizadas no final de um processo educacional – que pode ser definido como ano, semestre, trimestre, bimestre ou ciclo, por exemplo -, as avaliações somativas determinam o grau de domínio dos conteúdos preestabelecidos.
Em essência, sua principal característica no processo de ensino-aprendizagem é demonstrar o sucesso de assimilação (ou não) dos conteúdos pelos alunos, por meio da associação de notas ou conceitos como forma de classificação.
Dentre os instrumentos mais comuns para quantificar e categorizar os resultados da avaliação somativa, estão:
A modalidade de avaliação comparativa se propõe a mensurar e averiguar o aproveitamento e o nível de conhecimento e as habilidades dos alunos. Tem como objetivo qualificar o ensino, possibilitando a reflexão sobre o que foi aprendido e o que ainda precisa ser ensinado.
Aplicada durante ou depois de uma aula, ela pode acontecer por meio de:
É importante reforçar que as avaliações escolares devem acontecer de maneira contínua e fazer parte de um ciclo avaliativo. Seus resultados são essenciais para fundamentar decisões e possibilitar uma atuação estratégica dos educadores. Por meio dos dados levantados, a escola pode identificar o valor de estar alinhada às tendências do futuro da educação por meio da escola digital, ou ainda experimentar novos recursos para transmitir o conteúdo aos estudantes, a partir de metodologias ativas de aprendizagem, por exemplo.
As avaliações educacionais também podem ser produzidas fora do ambiente escolar. Elas são conhecidas como Avaliações Externas de Desempenho, também chamadas de avaliação em larga escala. Enem, Prova Brasil, Pisa, ANA, Saeb são alguns exemplos desse tipo de avaliação, que busca aferir a qualidade do ensino como instrumento para o monitoramento e a elaboração de políticas públicas a partir de um panorama do desempenho educacional.
Mesmo não acompanhando individualmente o aluno, as avaliações externas devem ser vistas como um caminho para a constante reflexão da prática educacional. Seus indicadores devem ser analisados e transformados em trabalho efetivo nas escolas, redirecionando as práticas pedagógicas.
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